QUEM EDUCA OS SEUS FILHOS?
O desenvolvimento crescente das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), como por exemplo os Smartphones, Internet e Televisão, tem um forte impacto não só no mundo profissional, saúde, cultura, mas também na educação dos nossos filhos.
Se por um lado a evolução das TIC tem facilitado as tarefas laborais e da vida diária aumentando a produtividade e a eficácia, por outro lado, podem ser, também, uma fonte adicional de Ansiedade e Stresse.
O termoTecnostresse foi criado pelo psiquiatra americano Craig Brod em 1984, ao definir este fenómeno como resultante da falta de habilidades para lidar com as novas tecnologias de forma saudável.
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O TECNOSTRESSE ENCONTRA-SE DIRECTAMENTE RELACIONADO COM OS EFEITOS PSICOSSOCIAIS NEGATIVOS REFERENTES AO USO DAS TIC. _________________________________________________________________________
O Tecnostresse surge através de qualquer impacto negativo nas atitudes, pensamentos, comportamentos ou respostas fisiológicas causadas de forma direta ou indireta pelas TIC.
Atualmente existem várias tipologias para o Tecnostresse, no entanto, os tipos mais conhecidos são designados por Tecnofobia (rejeição das TIC) e Tecnofília ou Tecnoadição (hiperidentificação com as TIC).
TECNOFOBIA
A Tecnofobia começa a manifestar-se quando fatores como Ansiedade e Atitudes Negativas face ao uso das TIC começam a coincidir.
A ansiedade está relacionada com níveis elevados de ativação psicofisiológica desagradável no organismo, tensão e desconforto para o uso presente ou futuro das TIC.
O medo na utilização destas tecnologias verifica-se pelos sintomas fisiológicos, tais como sudorese (ato de produzir e libertar suor, que tem início quando a temperatura corporal central é superior a 37ºC) e palpitações, mesmo que seja apenas pelo facto de pensar no uso das mesmas. Basicamente, a Tecnofobia incide sobre a dimensão afetiva-emocional de medo e ansiedade face às tecnologias.
TECNOFÍLIA/TECNOADIÇÃO
A Tecnofília refere-se à atração e ao entusiasmo que as pessoas sentem pelo uso das tecnologias (e.g., computadores, internet, telefones, etc.) devido à compulsão incontrolável no uso das TIC e por longos períodos.
Considera-se Tecnófilos/Tecnoaditos indivíduos que procuram manter-se informados dos últimos avanços tecnológicos e tornam-se dependentes da tecnologia, não apresentam medo sobre os efeitos do desenvolvimento tecnológico na sociedade e uma quantidade significativa de indivíduos, utiliza as TIC como uma expressão de narcisismo pessoal, ou seja, demonstra satisfação em usar a tecnologia para se concentrar em benefícios egocêntricos.
OS NOSSOS FILHOS
Os filhos do século XXI estão muitas vezes sozinhos no processo de crescimento, pouco tempo sobra para a partilha em família, não há tempo! Mas os jovens estão em crescimento, estão a perceber o mundo, estão a aprender coisas.
Sozinhos com os seus computadores, os nossos filhos, não têm o suporte fundamental do adulto protetor que lhe vai dando sentidos e significados às experiências pelas quais vai passando e conhecendo.
Desta forma, não é uma surpresa que crianças mais inseguras, imaturas e com mais dificuldade em resolver os seus problemas se deixem deslumbrar rapidamente pelo mundo virtual das novas tecnologias, um escape para encontrarem o equilíbrio emocional que tanto precisam, estando por isso mais propensas a cair na dependência do uso descontrolado da Internet.
A Internet torna-se uma forma fácil de fugir à realidade e compensar aquilo que falta faz aos nossos filhos, o diálogo e partilha em família.
ENQUANTO PAI, MÃE, FAMILIAR, CUIDADOR, AMIGO…
Quando estamos perante uma criança/jovem adita às novas tecnologias é importante explorar o que levou aquela criança/jovem a privilegiar este tipo de comunicação, procure algumas respostas:
O que levou esta criança/jovem a negligenciar o contacto direto com o outro?
O que levou esta criança/jovem a não estabelecer relações interpessoais?
Será isto um sinal de perturbação emocional em que o uso exagerado das novas tecnologias são a causa?
ESTEJA ATENTO AOS SINAIS DE ALERTA:
Utilização excessiva do computador, internet, televisão, consolas, etc…
Isolamento da criança/jovem no quarto;
Desinteresse escolar;
Evitamento de atividades lúdicas ou desportivas;
Sinal de irritabilidade na tentativa de redução da utilização das tecnologias.
CONSEQUÊNCIAS
É da maior importância estar atento a estes sinais de alerta para que não evoluam para uma situação de real dependência onde existe uma necessidade crescente e continua de utilizar a Internet como forma de:
Obter prazer;
Fugir dos problemas;
Aliviar sentimentos de Ansiedade e Depressão.
Muitos destes jovens começam inclusivamente a mentir a familiares e amigos, tentando encobrir o tempo que passam efectivamente online, a escola e outros compromissos sociais ficam muitas vezes para 2.º plano ou são simplesmente esquecidos, podem aparecer problemas físicos nas articulações devido ao elevado tempo passado na digitação de um teclado ou na utilização dos comandos das consolas dos jogos.
OLHAR PARA O FUTURO
- Está a passar por uma situação de Tecnostresse?
- O seu filho precisa de ajuda e está desesperada sem saber o que mais pode fazer?
Estar online pode tornar-se uma adição tal como outras dependências (álcool, tabaco, jogo, drogas, etc.), que utilizada de forma compulsiva e sem controlo reduz a liberdade e altera o comportamento social das crianças e jovens.
"EXPERIMENTE, NÃO TEM NADA A PERDER, MARQUE A SUA CONSULTA AINDA HOJE E DÊ ESSE IMPORTANTE PASSO NA SUA VIDA E DO SEU FILHO"
Dr. Ismael Cardoso
Psicólogo Clínico
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